Como checar informações na internet



Todo mundo tem aquele parente ou amigo ou conhecido que adora mandar umas correntes no Whatsapp ou compartilhar alguma coisa no Facebook, marcando mil pessoas, normalmente indignado com o suposto ocorrido. O problema é que normalmente as pessoas que compartilham um milhão de coisas não se dão ao trabalho de checar se tudo aquilo, ou pelo menos uma parte, corresponde à verdade mesmo. Aqui temos algumas das muitas maneiras de checar com uma certa confiabilidade se é bacana ou não repassar aquela informação chocante. 
É importante lembrar que o primeiro passo é duvidar. Sempre duvide. Pode parecer algo muito lógico ou muito provável, mas a maioria das coisas que está na internet NÃO é verdade. Pode até ter uma super teoria de dez páginas para falar que a terra é plana, mas parta sempre do pressuposto de que pode não ser verdade.

1) E-Farsas
Esse é um site conhecido e muito antigo dedicado justamente a desmentir falsas informações propagadas através da rede. Atenção: não basta ver que existe uma matéria do e-farsas com o que você está querendo confirmar na busca do Google. É necessário ler a matéria, que normalmente é bem curta, já que eles explicam quais partes são verdadeiras ou falsas e se toda a mensagem é verdadeira ou falsa. 

2) Jornais online
Estou dizendo que tudo que está nos jornais é verdade? CLARO QUE NÃO! Mas se você quer saber se o ET de Varginha reapareceu, seria bem interessante ver o que os jornais de Varginha têm a dizer sobre o assunto – e se você é novo demais para entender essa referência, joga no Google também! Normalmente os grandes jornais como G1, Estadão e afins escreverão ALGO a respeito.

3) Procure a fonte diretamente
Disseram que o pesquisador X descobriu Y? Procure o pesquisador X no Google e leia no mínimo (no mínimo mesmo) o resumo do artigo sobre o Y. Resumos são bem pequenos e não vão tomar muito do seu tempo. Disseram que a Madonna explodiu? Vá olhar as redes sociais oficiais da Madonna e veja se tem alguma declaração de seus empresários. Uma lei foi citada? Procure a lei original. Efeitos colaterais e eventos adversos? Procure na bula.

4) Como lidar com a Wikipédia?
Um fato perigoso sobre a Wikipédia é que qualquer um pode editá-la. Por mais que seja uma plataforma de colaboração incrível, isso pode ser uma armadilha cruel. Se você quer saber se existe um estado na Alemanha chamado Düsseldorf, você pode procurar na Wikipédia sem medo. Se você quer saber se houve um tiroteio a duas quadras da sua casa porque te avisaram pelo Whatsapp, essa informação não estará disponível por lá. E se você quiser saber sobre algo mais específico ou complexo, recomendo buscar na Wikipedia em inglês, caso você esteja familiarizado com o idioma. Para correntes, normalmente NÃO é possível usar a Wikipedia para pesquisar. E fica o recado: já fizeram pegadinhas usando a Wikipedia que muitos jornais e outros meios de comunicação tidos como confiáveis caíram facilmente. 

5) Preste atenção nos detalhes
Informações que começam com “pesquisadores dizem” “universidade descobre” “policial informa” comumente são falsas. Qual pesquisador? Que universidade? Qual policial, de onde? Como chegaram a essa conclusão? Quem mandou avisar? Qual a data da notícia/ocorrido? Tem algum link externo (em caso de postagem no Facebook ou mensagem no Whatsapp)? Esse link externo é respeitável? 

E depois de tudo isso, se você descobrir que a informação era falsa, como contar para quem propagou a informação? Em primeiro lugar, é preciso levar em consideração a relação que você tem com a pessoa. Se for um parente, é mais fácil avisar que a informação é incorreta, mas de preferência use a fonte que você encontrou, para a pessoa poder verificar por si mesma com mais facilidade, já que ela não procurou antes de compartilhar. Se você não for próximo do propagador, pode ser mais delicado. 

Fica o aviso: é bem possível que você seja considerado arrogante simplesmente por buscar outras fontes de informação, mas não deixe que isso te impeça de verificar o que lê por aí.

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