#ProjetoRelendo: Parte II - A Câmara Secreta




"Olá, Harry Potter. Meu nome é Tom Riddle. Como foi que você encontrou meu diário?"

Foi muito bom ter uma surpresa logo tão cedo no projeto. Eu tinha uma lembrança que, para mim, era nítida a respeito da série como um todo: eu não gostava muito de Harry Potter e a Câmara Secreta. Não sabia dizer o motivo, mas se eu lembrava de algo, era que a segunda parte da série era, disparada, a que menos me agradava. Cheguei a uma conclusão do porquê eu tinha essa impressão: o filme é um lixo.

O livro é, sem a menor dúvida, sem qualquer resquício de hesitação, sem o mínimo pestanejar, sem precisar pensar nem uma vez inteira, muito melhor do que o filme. Entenda bem: muito melhor.

Em relação ao primeiro livro, também senti uma evolução bastante grande. A história engrena muito mais, embora a autora ainda se preocupe em fazer algumas retomadas da história de Harry, como que para um leitor desavisado conseguir acompanhar o livro sem muitos problemas. Mas a questão é que o livro é recheado de muito mais ação, tem uma trama mil vezes mais elaborada e me prendeu muito mais que o anterior ─ me parece que A Pedra Filosofal se concentra mais em introduzir o mundo mágico de Harry Potter e a história do personagem do que desenvolver a trama em si.
"─ Estou me lembrando que disse a ambos que teria de expulsá-los se infringissem mais um artigo do regulamento da escola ─ começou Dumbledore.
[...] ─ O que prova que até o melhor de nós às vezes precisa engolir o que disse."

Aquela história de já saber o que vai acontecer, diminuindo a intensidade da leitura, se repete em vários momentos. Porém, podemos dizer que fui agraciado com uma memória não muito duradoura, o que me rendeu cenas "novas". Dobby fazendo Harry destruir o encontro do Dursley com o chefe, Lúcio Malfoy e Arthur Weasley saindo na porrada à la trouxa na Floreios e Borrões, a balada fantasma no aniversário do Nick-Quase-Sem-cabeça, Lockhart sendo babaca em cada mínima participação... Enfim. Chamei isso de "a alegria de encontrar uma cena esquecida". Isso deu uma animada na releitura.
"─ Se alguém quiser descobrir alguma coisa, é só seguir as aranhas. Elas indicariam o caminho certo! É só o que digo."

Senti também que, em Harry Potter e a Câmara Secreta, a amizade do trio é bem melhor construída, e Hermione já começa a ser a Hermione que eu me lembrava (e não a Hermione pentelha do primeiro livro). Em compensação, a Gina é bem besta, diferente do que me lembro ─ muito provável que se torne a Gina que eu me lembro nos próximos livros. Falando em personagens, preciso dizer que imaginei uma Murta-Que-Geme bem diferente do que eu esperava, e também bem diferente da Murta-Que-Irrita interpretada nos filmes.
"─ Que foi? ─ cuspiu o Sr. Malfoy. ─ Que foi que você disse?
─ Ganhei uma meia ─ disse Dobby, incrédulo. ─ Meu dono atirou uma meia e Dobby a apanhou, e Dobby... Dobby está livre."

O livro encerra muito bem e, para não perder o costume, o final é cheio de carga emocional, quando Dumbledore deixa suas lições e os amigos confraternizam o final feliz que tiveram. Harry Potter é Harry Potter, não tem muito o que falar. Acredito que a tendência é melhorar ainda mais. Então espero vocês na parte três, com O Prisioneiro de Azkaban. Até lá!
"─ Exatamente ─ disse Dumbledore, abrindo um grande sorriso. ─ O que o faz muito diferente de Tom Riddle. São as nossas escolhas, Harry, que revelam o que realmente somos, muito mais do que as nossas qualidades."

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