X-Men Dias de Um Futuro Esquecido, Bryan Singer


"Tantas batalhas travadas ao longo dos anos... e ainda, nenhuma como esta. Estamos destinados a nos destruir, ou poderemos mudar uns aos outros e nos unir? O futuro está realmente definido?"
Quando descobri que a Fox iria fazer mais um filme dos X-Men, os mutantes mais famosos da Marvel, fiquei eufórico: minha infância foi baseada, praticamente, em desenhos e filmes de heróis, e, entre os que eu mais via, estavam os dos X-Men. Mas, quando disseram que o novo filme seria uma adaptação de um dos arcos de quadrinhos mais famosos deles, eu surtei.

Para aqueles que não sabem, "Dias de um Futuro Esquecido" é a adaptação de um arco relativamente curto (duas edições) com o mesmo nome. Nele, temos um vislumbre de um futuro distópico onde os mutantes, se não foram mortos, são procurados ou estão presos, assim como os humanos. Sentinelas, robôs gigantes construídos para eliminar a chamada "ameaça mutante" são os encarregados pela "justiça" e pelos massacres. No meio disso, temos um grupo de mutantes presos, com membros como Magneto (numa irônica cadeira de rodas), Tempestade, Colossus e Kitty Pride, que acha uma maneira de enviar a consciência de Kitty de volta ao passado para evitar o assassinato do candidato a presidente, Robert Kelly, pelas mãos da Irmandade de Mutantes (chefiada por Mística) e alterar os rumos do futuro, impedindo que os Sentinelas fossem construídos e dominassem o mundo.



A premissa da versão cinematográfica é a mesma, mas com alguma alterações: temos um futuro distópico governado por Sentinelas muito mais avançados do que a princípio usando uma tecnologia especial feita para contra-atacar os poderes dos mutantes. Nesse futuro, temos vários grupos de mutantes lutando para sobreviver e acabar com a guerra, que se juntam, atraindo vários Sentinelas, para realizar um último plano: enviar a consciência de Wolverine aos anos 70 para que ele junte Charles Xavier e Magneto em pró do bem maior, que é impedir Mística de matar Bolivar Trask, o criador dos Sentinelas, durante a Conferência de Paz, em Paris, ato que incita a necessidade do programa Sentinela contra a ameaça mutante.

Com isso, temos Wolverine em plenos anos 70 tentando fazer com que Xavier, que vive uma depressão profunda devido aos acontecimentos finais de X-men Primeira Classe, lhe dê atenção e volte a ser a pessoa altruísta que ele era, indo atrás de Magneto, que está preso em pleno Pentágono por motivos excepcionais, e partindo em direção a Mística, numa tentativa de impedi-la. Os acontecimentos são intercalados com cenas do futuro, onde o grupo de mutantes restante se prepara para sua última batalha contra os Sentinelas e reza para que Wolverine consiga alterar os rumos da humanidade.



O filme, como já disse, possui a mesma premissa dos arco nos quadrinhos, mas segue com várias alterações, destacando mais os personagens de Hugh Jackman e Jennifer Lawrence: Wolverine e Mística, respectivamente. Apesar do maior destaque desses dois personagens, Michael Fassbender, como o Magneto mais novo, e James McAvoy, como Xavier mais novo, estão espetaculares e roubam a cena diversas vezes. Somado ao elenco, temos Peter Dinklage, o Tyrion (vulgo "Anão") de Game of Thrones, como Bolivar Trask, e Evan Peters, como o excelente (e dono da melhor cena do filme) Mercúrio, um mutante cujo poder é a supervelocidade.

O filme te mantém atento a todo instante, interligando cenas do passado com o futuro de forma harmoniosa e explicando toda a ciência que ele utiliza de uma forma bem simples e fácil de entender. A ação é fenomenal, incluindo confrontos com os Sentinelas, tanto do futuro, quanto do passado, uma cena absurda (mas eletrizante) envolvendo um estádio de beisebol e uma fuga de prisão. A fotografia é bonita, trabalhando com as cores e os elementos de sombra e luz em muitas cenas que envolvem Xavier. Já a trilha sonora se mantém tímida em alguns pontos para se sobressair em outros.



Dias de um Futuro Esquecido não é apenas mais um filme da longa séries de produções da Fox com os X-Men; ele é, de longe, o melhor deles. Adaptando um dos arcos mais famosos e adorados pelos leitores de quadrinhos, o filme conquista antigos fãs e anima até mesmo aqueles que desconhecem toda a profundidade do universo Marvel. Além de divertir com piadas e entreter com uma boa história e ótimas cenas de ação, Dias consegue, de certa forma, corrigir vários dos erros cronológicos criados com a produção de tantos filmes utilizando os mutantes, que era, até então, o maior problema enfrentado pela Fox com os mutantes.

No final, Dias é um filme excelente, agrandando o público e firmando ainda mais a franquia nos cinemas, sendo liderado por um elenco de peso e um roteiro muito bem elaborado. Como fã, fiquei mais do que satisfeito com o resultado e, agora, espero ansiosamente o próximo filme. Que venha 2016.

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