Maze Runner - Correr ou Morrer, de James Dashner



Maze Runner é uma saga distópica composta por quatro livros e que recentemente teve o primeiro livro adaptado para as telonas. Aproveitando toda a vibe em volta de Correr ou Morrer nesse mês, resolvi falar sobre minhas impressões quanto ao livro.

Primeiramente, a obra tem uma história que deixa qualquer um intrigado: Thomas acorda em uma misteriosa clareira repleta de garotos que não se lembram de nada do seu passado, assim como o protagonista. Para piorar, a clareira fica no meio de um imenso labirinto, que permanece aberto durante o dia e se fecha no período da noite, quando estranhas criaturas se espalham por seus vários corredores. É uma trama bem interessante, mas que, ao meu ver, não teve um desenvolvimento adequado nas mãos de James Dashner.

Thomas vai descobrindo aos poucos como funcionam as coisas ali, o que chega até ser irritante. Entendo que o autor não quis ir revelando os mistérios de uma vez só, mas, em certas partes, toda a enrolação por volta do que está acontecendo ali chega a ser maçante. A clareira já é um lugar bem organizado e tem suas devidas regras, que se não forem cumpridas, podem resultar no banimento; ser deixado para morrer no labirinto durante o período da noite. Um garoto novo chega a cada mês por um elevador, de onde também vêm os suprimentos necessários para a sobrevivência de todos. Cada “trolho” da clareira tem uma função, e a mais importante talvez seja a dos Corredores; entram no labirinto durante o dia para memorizar e tentar encontrar uma saída. Por mais que ninguém entenda o que realmente está acontecendo ali e o motivo de terem sido mandados para lá, são acostumados a um padrão que nunca foi rompido... Até uma garota aparecer com um intrigante bilhete.

A partir daí a trama já vai seguindo seus rumos e Thomas toma uma decisão: ele quer se tornar um Corredor e tentar desvendar os mistérios do labirinto. O problema é que ninguém confia muito nele, afinal, as coisas começaram a mudar logo após a sua chegada. Isso foi um ponto interessante e um tanto realista, por mais que Thomas não demonstre ser o culpado, todos os acontecimentos depois de sua chegada definitivamente parecem estar ligados a ele.

Até aqui, Dashner tinha desenvolvido a trama com alguns deslizes, mas seguindo um ritmo acelerado, mesmo sem partes realmente eletrizantes. O seu maior erro no livro todo vem quando ele nos apresenta às misteriosas criaturas que vivem no labirinto durante a noite: os Verdugos. Por mais que ele tentasse descrevê-los com competência, não havia sucesso. Eu ficava desapontado toda vez que ele mencionava um Verdugo e fazia uma descrição tão escassa que as criaturas tomavam aparências risíveis na minha mente. Tudo bem que a graça de ler um livro é poder imaginar toda a história em sua cabeça, do seu jeito, mas como fazer isso sem saber exatamente o que está imaginando? Muitos discordavam de mim quando tocava nesse assunto, mas alguns confessavam que imaginvam os Verdugos como vacas robóticas ou coisas do tipo. Assim, o que deveria ser o elemento mais assustador do livro, fica totalmente sem sentido, tudo isso porque o autor não se empenhou na descrição.

Resumindo, por mais que Correr ou Morrer tenha sim uma premissa interessantíssima, o autor não conseguiu desenvolver a trama muito bem, errando em critérios de descrição e desenrolação do enredo. No geral, o livro até é bacana e uma boa leitura, mas não superou minhas expectativas. Até mesmo o desfecho não cumpriu muito bem o que prometia; todo aquele mistério para uma descoberta um tanto previsível que não me surpreendeu ou impressionou nem um pouco. Ainda não sei se continuo a saga ou não, pois não consegui o incentivo de que precisava. Vamos ver se o filme muda isso...

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