Especial Community: Análise, Top 15 e muito mais!


           É realmente muito difícil falar sobre Community, uma das mais geniais e inovadoras séries de comédia já feitas. Para começar, é atualmente minha série favorita e fico feliz por não ter passado a aflição dos fãs ao presenciá-la à beira do cancelamento. No entanto, Six Seasons And A Movie é real, Community foi renovada para mais uma última temporada pelo Yahoo Screen e estou aqui para fazer você que ainda não assistiu esse incrível seriado, começar enquanto ainda dá tempo!
            A história é basicamente sobre o cotidiano de um grupo de estudos de Greendale Community College, que tem fama de receber só fracassados. Mas pode-se dizer que o cotidiano deles não é nada habitual para nós; Community consegue transformar uma simples coisa em algo inacreditável, divertido e, de certo modo, inteligente.
            Vamos lá, eis os principais motivos para você começar a série ou continuar pois desistiu no pilot chatinho:

                   Elenco e personagens:

                 Figuras como Chevy Chase, a linda (linda é pouco pra essa mulher, meus Deus) Alison Brie, o talentoso Joel McHale e o engraçadíssimo Ken Jeong são apenas alguns dos que integram o elenco da série, sem falar dos convidados especiais que aparecem de vez em quando, como Jack Black e Owen Wilson na primeira temporada. Os personagens da série são totalmente variados e nem um pouco clichês, cada um com uma personalidade forte e marcante na série. Eis os personagens:

                   Jeff – Trabalhava como um advogado corrupto até ser descoberto com um diploma falso. Ele então se matricula em Greendale, para tentar se formar com a maior facilidade possível. Mal sabia ele que ia fazer amizades que o mudariam completamente, de mal para melhor, é claro. O sarcasmo de Jeff e o modo como ele lida com certas situações é hilário e provocam alguns dos melhores momentos dos episódios.
                   Abed – Esse é sem dúvidas o melhor personagem da série. No início ele era meio estranho, mas quando começou a mostrar sua personalidade e uniu-se ao amigo Troy, tornou-se um grande personagem. Suas referências à cultura pop ao decorrer dos episódios são geniais e tentar entender a mente confusa de Abed muitas vezes gera momentos engraçadíssimos.
                   Annie – Own, a doce e intelectual Annie. Essa é minha segunda personagem favorita em Community. Antes de vir para Greendale, ela teve problemas com drogas por ser incompreendida no colégio. Agora ela é uma determinada e esforçada moça que proporciona diversas situações engraçadas quando seus planos de ser a aluna número 1 são interrompidos.
                   Pierce – É um insensível e rabugento velho que quer se fazer de jovem em meio aos alunos de Greendale. Em vários momentos da série, nos irritamos com ele por suas tentativas mal sucedidas de ser engraçado ou enturmar-se com os jovens. Mesmo assim, sua saída na série foi algo triste, Pierce vai fazer falta.
                   Chang – Simplesmente o mais hilário. Totalmente maluco, começou como professor na primeira temporada, depois passou para aluno, segurança, ditador (isso mesmo) e depois aluno novamente. Ao decorrer da série, já morou nos tubos de ventilação de Greendale com um macaco e sofreu com uma intrigante doença chamada Changnésia (batizada por ele mesmo).
                   Os outros personagens – A série tem vários personagens e falar de todos realmente daria muito trabalho. Comentei especialmente sobre os que eu mais gostava, mas também há grandes figuras como Dean Pelton; suas fantasias e loucuras por Jeff Winger são cômicas, Shirley; cristã divorciada que apenas finge respeitar a religião dos outros e é considerada a “mãe do grupo”, Troy; melhor amigo de Abed e o único que consegue entender bem a mente confusa do amigo e entrar em suas brincadeiras e jogos malucos, e Britta; uma suposta ativista que sempre paga de estraga-prazeres, mas não tem como não amá-la haha.

          
                   Referências e episódios temáticos:



                  Community conta com diversas referências à cultura pop ao decorrer de seus episódios, desde citações, representações de cenas, e etc. Já fez episódios parodiando os filmes da máfia com contrabando de frangos fritos e produções de ação e faroeste nos episódios de Paintball, por exemplo. Cada temporada da série conta com pelo menos mais de um episódio temático e eles são sempre sensacionais, com direito até a invasão zumbi na festa de Halloween. Na imagem acima, podemos ver a turma homenageando o aclamado filme Pulp Fiction, em um dos episódios da segunda temporada.

            Inovação e genialidade:
            Inovação é o que não falta em Community. Quando a temporada começa a ficar um pouco cansativa, com um ou outro episódio chatinho, a série dá um jeito de te surpreender. O episódio Digital Estate Planning, por exemplo, se passa quase todo em um jogo de plataforma 8bits, no qual os personagens são os próprios jogadores. Nesses episódios podemos ver boa parte da genialidade da série, que dá de 10 a 0 em muito seriado famosinho da atualidade. Se eu pudesse doar pelo menos 50 % da audiência de The Big Bang Theory (não estou desmerecendo a série, não curto muito, mas respeito quem gosta) para Community, faria o mundo das séries de comédia um lugar mais digno e pleno de se assistir.

            Humor inteligente:
            Sem abusar de apelação para sexo e piadas forçadas, até quando Community repete uma piada, ela inova. Um exemplo disso é a piada do Beetlejuice que demorou três anos para ser concluída, aparecendo em apenas um episódio da primeira à terceira temporada. A série já fez até mesmo episódios zoando suas próprias loucuras, como quando os alunos de Greendale são convencidos de que todos os momentos que passaram na universidade foram fruto de uma alucinação em conjunto. Além disso, a série se mostra um tanto política em certos episódios, como nos debates; fazendo piadas que envolvem os atuais problemas sociais e/ou econômicos da sociedade. Também há Troy e Abed, suas ideias malucas sempre proporcionando boas risadas, e a piada final, que se passa nos créditos, muitas vezes sendo a parte mais hilária de todo o episódio. É importante observar também que muitas das piadas da série têm como base a cultura pop, então você precisa ter pelo menos um mínimo conhecimento sobre filmes e séries para entendê-las. Como no primeiro episódio da terceira temporada, representando uma famosa cena de 2001: Uma Odisseia no Espaço. Quem nunca assistiu ao filme ficaria totalmente perdido.

            Se você ainda não está convencido de toda a genialidade da série, confira esse Top 15 dos melhores episódios da série que preparei com muito carinho. A série tem incríveis 97 episódios até agora, então foi realmente difícil escolher somente os 15 melhores, mas acho que o resultado foi satisfatório. Está fora de ordem, pois fiz na ordem dos episódios que eu mais gosto, de modo que o primeiro lugar seja o melhor episódio da série, na minha opinião:

            15 – 2x1: Anthropology 101
            Depois de Britta ter se declarado para Jeff no final da primeira temporada, as garotas do campus começam a venerá-la, e ela começa a usar isso a seu favor, de modo que Jeff seja desprezado por todas elas. Nesse contexto, Troy começa a divulgar tudo o que Pierce diz no twitter, Abed clama por aventuras no novo ano e Annie faz de tudo para chamar a atenção de Jeff, que se declara falsamente para Britta, tentando vencê-la em seu próprio joguinho. No fim, todos esses plots se unem em um só, colocando a integridade do grupo em risco.

14 – 1x9: Debate 109

            Esse é um dos episódios mais cômicos da primeira temporada e é quando começamos a shippar um dos casais (ou melhor, não-casais) mais improváveis de todas as séries: o galã Jeff e a inocente Annie. A universidade de Greendale disputa um debate com a sua maior rival: a City College. Nesse contexto, a turma ainda está intrigada com Abed, que vem adivinhando o futuro dos personagens em uma websérie que ele produz, no qual seus amigos são os protagonistas representados por atores. Dentre essas adivinhações, Annie beija Jeff e Shirley é perseguida por um lobisomem?!

13 – 2x8: Cooperative Calligraphy
            Eis um dos melhores exemplos de que Community consegue fazer uma simples coisa tomar grandes proporções. O episódio começa com Annie surtando com o desaparecimento de uma das suas canetas, alegando que isso vem acontecendo constantemente.
            À medida que um vai acusando o outro, o grupo se torna cada vez mais decidido em descobrir quem foi o responsável pelo sumiço da caneta. A situação vai só se agravando; eles se trancam na sala, revistam as mochilas uns dos outros, e até se despem à procura da caneta. O mais engraçado é ver essa situação sendo intercalada com os comentários de Abed sobre episódios baratos, em um episódio barato!
            A surpreendente revelação de quem pegou a caneta surge nos segundos finais do episódio, causando boas risadas.

            12 – 1x21: Contemporary American Poultry
         Esse incrível episódio, já citado anteriormente, faz referências aos filmes da máfia no geral, tendo como tema um contrabando de frangos fritos que muda totalmente a integração do grupo de estudos. No início, parecia ser apenas mais um episódio padrão da série, mas quando Abed começa a narrar como em Os Bons Companheiros, já podemos perceber que será algo bem especial.
            A escola constantemente luta para conseguir os deliciosos frangos fritos no almoço, que sempre esgotam rapidamente. Jeff então tem a ideia de infiltrar Abed na cozinha para que este possa fornecer frango para o grupo. A situação acaba fugindo do controle quando a turma começa a conseguir tudo o que quer, em troca de frango. Abed assim se torna o Poderoso Chefão da universidade, e Jeff tenta por um fim na operação quando sua liderança é colocada em risco.

            11- 2x9: Conspiracy Theories and Interior Design
            O episódio já começa hilário; o reitor e Annie suspeitam de que Jeff inventou uma aula sobre teorias da conspiração e finge estar sendo instruído por um tal Professor Proferssorson para ganhar créditos. A situação complica quando um misterioso homem aparece alegando ser o Proferssorson que dá aulas noturnas sobre teorias da conspiração. Mais tarde, Jeff revela a Annie que realmente tinha inventado a matéria e nunca havia visto aquele homem em sua vida.
            Em meio a uma trilha sonora de tirar o fôlego e referências a filmes de ação e suspense, Jeff e Annie decidem então investigar quem é o misterioso sujeito que se apresenta como Professor Proferssorson. Quando a verdade vem à tona, os envolvidos acabam fazendo parte de um loop sem fim de conspirações, com direito a tiros e tudo mais.

            Menção especial também para o divertido plot de Abed e Troy expandindo um forte de cobertas pelos corredores da escola.

10– 21x2: Paradigms of the Human Memory
            Após encontrarem alguns objetos perdidos, a turma começa a ter curiosos flashbacks de momentos que não tinham sido mostrados na série antes, como a vez em que passaram por uma cidade fantasma ou quando substituíram o clube do coral depois de um acidente com os integrantes anteriores.
            À medida que vão relembrando momentos passados, verdades comprometedoras vêm à tona, novamente colocando em risco a integridade do grupo. No fim, Jeff faz o melhor discurso da série para promover a paz entre todos haha.
            P.S. – É aqui que Abed lança a campanha #SixSeasonsAndAMovie

            9 – 2x14: Advanced Dungeons & Dragons
            Tido por muitos fãs como o melhor episódio da série, não podia ficar de fora. Tendo uma introdução com base em Senhor dos Anéis e uma abertura medieval, já podemos tirar a conclusão de que será épico.
            O grupo decide jogar uma inspiradora partida do famoso RPG Dungeons & Dragons para animar o abalado Fat Neil. A turma exclui o insensível Pierce da jogada por motivos óbvios, mas quando este os pega em flagrante, faz de tudo para impedir que o objetivo deles seja concretizado. E assim se inicia uma épica batalha entre o bem e... Pierce.
            Com direito a sons de lâminas cortando e encantamentos sendo realizados, Community utiliza todos os clichês das mitologias medievais que conhecemos em um emocionante episódio que se passa quase completamente na sala de estudos, sem falar da incrível narração.

         8 – 3x19: Curriculum Unavailable
            Nesse episódio, também citado anteriormente, após o grupo ser banido de Greendale, Abed é detido depois de ser pego nos limites da universidade. A turma então decide levá-lo a um psiquiatra.
            A partir daí, o episódio toma um rumo parecido com o 2x21, Paradigms of the Human Memory, quando os personagens começam a relembrar os ataques de insanidade de cada um e as situações malucas que passaram em Greendale.
            O mais engraçado é o final, quando o psiquiatra alega que todos estão loucos e compartilham a mesma alucinação: estudam em uma incrível universidade comunitária, onde acontece todo o tido de coisa. A realidade, no entanto, é que eles vivem em um hospício chamado Greendale Asylum. A cena do sanatório tem incríveis passagens de momentos importantes ocorridos anteriormente na série, mas de um modo totalmente diferente.
            Um dos melhores episódios da série e ponto, simplesmente genial. Assim como os personagens, acabamos realmente nos convencendo que tudo o que a turma encarou em Greendale era fruto da imaginação, enquanto a verdade era óbvia até para o grupo. As referências à Ilha do Medo são claras.

            7 e 6 – 2x24 / 2x23: A Fistful of Paintball / For a Few Paintballs More
            Sempre que uma season finale com episódio duplo é anunciada podemos esperar algo épico, certo?
 Sou simplesmente louco por faroeste, e talvez esse tenha sido o principal motivo por gostar mais dessa primeira parte do que da outra (outro motivo que é importante ressaltar, é a cena da Annie de decote correndo em câmera lenta, mas é melhor deixar quieto). Fazendo referências aos clichês de faroeste e aos filmes de Sergio Leone, especialmente Três Homens em Conflito na abertura e no “duelo” final, é um episódio indescritivelmente foda, falo mesmo.
            Com cenas de ação de tirar o fôlego (isso em uma série de comédia, veja só) e uma trilha sonora ótima, Community faz Paintball parecer o jogo mais incrível do mundo. Os alunos de Greendale disputam um prêmio de 100 mil dólares para o vencedor, mas um forte adversário com jeitão de Clint Eastwood é mandado para impedir que algum aluno da universidade saia vitorioso.
            Descobrimos então que todo aquele jogo era um plano da rival City College, com o intuito de instruir os alunos a destruirem sua própria universidade. O que nos leva à segunda parte de um confronto inesquecível de Paintball, no qual Community faz referências à Star Wars, com direito a Abed/Han Solo conquistando corações. A batalha épica entre os estudantes de Greendale e “stormtroopers” de City College é um dos momentos mais memoráveis da série.

            5 – 3x20: Digital Estate Planning
            Épico, épico e épico.
            No episódio, o grupo deve jogar um jogo criado pelo pai de Pierce no qual eles mesmos são os personagens. O primeiro a chegar no trono do criador, ganhará a sua herança (e não é pouca coisa).
            O grupo decide apenas ajudar Pierce a chegar ao final e conquistar sua herança por direito, mas o seu meio-irmão também está no jogo e tentará de tudo para chegar ao trono primeiro.
            Episódio incrível e totalmente inovador, passando-se quase completamente em um jogo de plataforma 8bits, com direito a um exército de mini Abed’s que gritam “Cool cool cool” haha.

            4- 5x5: Geothermal Escapism
            O episódio de despedida ao personagem Troy foi divertido e emocionante ao mesmo tempo. Abed propõe um jogo especial para seu amigo, no qual todos na escola devem participar. O ganhador leva a edição 1 de Space Clone, que vale 50 mil dólares no mercado de quadrinhos.
            O jogo consiste em supor que o chão está coberto de lava e assim os jogadores só podem se locomover em cima de móveis ou o que for que não o coloque em contato direto com o chão (ou lava, que seja).
            Repleto de cenas de ação e confrontos inesquecíveis, desejamos que o jogo não acabe por dois motivos: 1) Depois de uma péssima quarta temporada, os fãs ficaram órfãos de episódios divertidos e inovadores como esse, repleto de emoções e surpresas. 2) pelo mesmo motivo de Abed; não queremos dizer adeus para o personagem Troy.
            Cool cool cool, porém triste L.

            3 – 2x6: Epidemiology
         Os episódios de Halloween viraram tradição para a série, mas esse aqui é o mais sensacional. Quando os convidados da festa do dia das bruxas começam a agir estranho e morderem uns aos outros, o grupo percebe que o que está havendo ali é uma invasão zumbi!
            O reitor descobre que o motivo daquilo é a comida (que está mais pra ração) distribuída na festa, que ele comprou do governo sem saber que estava sendo usada em um experimento super mortal.
            Os estudantes devem ficar em quarentena enquanto o exército não chega, e o grupo de estudos luta para sobreviver em meio ao caos, ao som da hilária coletânea de músicas do reitor e seus lembretes pessoais. As referências são tantas que nem dá para listar.

            2- 1x23: Modern Warfare
         Jeff acorda em seu carro depois de um cochilo e se depara com a escola aparentemente deserta e com tinta para todo o lado. É nesse clima que se iniciam vários filmes apocalípticos, é nesse clima que inicia um dos maiores episódios da melhor comédia da atualidade
Se alguém chega até aqui sem estar curtindo muito a série, é impossível não reconhecer a genialidade desse episódio. Dando abertura à tradição dos episódios de Paintball e tido como o melhor da série pelos fãs, Modern Warfare representa o seriado, reunindo tudo o que Community tem de bom: genialidade, inovação, interação divertida entre os personagens, referências e clichês da cultura pop e, é claro, o humor inteligente. A cena em que Chang chega na sala de estudos para confrontar as duas últimas pessoas no jogo é incrível, apresentando diversas referências em menos de um minuto. Faz qualquer cinéfilo babar!

            1 - 3x4: Remedial Chaos Theory
E enfim chegamos ao mais genial e melhor episódio de toda a série até agora. O grupo se reune para a “inauguração” do apartamento onde Abed e Troy irão morar. Tudo corre bem até a pizza chegar e Jeff querer decidir no dado quem irá buscá-la, montando um inteligente esquema em que um dos seus seis amigos será escolhido e ele não.
Abed o avisa dizendo que assim ele criaria seis realidades paralelas. Jeff não o escuta e joga o dado, criando assim diferentes realidades alternativas que nos são apresentadas ao longo do episódio.
À medida que um personagem diferente sai para buscar a pizza a cada realidade que se passa, vemos as consequências que sua ausência pode trazer. O ápice do episódio é quando chega a vez da realidade em que Troy deve sair para buscar a pizza, iniciando assim uma série de acontecimentos caóticos e nos mostrando pela primeira vez a darkest timeline, a realidade mais sombria.
Fico de boca aberta com o incrível roteiro desse episódio, o melhor exemplo da série de que a coisa mais simples possível pode se tornar algo totalmente inimaginável. A última realidade é extremamente divertida e o desfecho é genial, mostrando como a presença de Jeff pode eliminar totalmente a diversão do grupo.
Remedial Chaos Theory é um episódio para se ver de novo, de novo, de novo e de novo, decorar todas as falas e a letra de Roxanne.

E então é isso, esse é o meu Top 15 da série. Foi uma tarefa extremamente difícil escolher essa pequena quantia dentre todos os incríveis 97 episódios até agora, mas consegui. Nem vou fazer menção especial para outros, pois assim vou acabar citando mais uns 50.

Análise da Série:
Farei agora uma análise geral das cinco temporadas, então claramente haverá alguns spoilers. Falarei um pouco sobre cada temporada específica para enfim declarar minha opinião final.

Primeira Temporada: De início, já podemos ver como os personagens são bem elaborados e possuem características diferentes. A primeira parte da temporada foca nos laços sendo formados entre eles, que ainda não mostravam verdadeiramente suas caras e se soltavam de verdade. O pilot é, de fato, um tanto chatinho para quem tá começando, mas a série só vai melhorando.
Acho que as coisas só começam a adotar um padrão que logo seria usado durante todo o resto da série a partir do sétimo episódio, Introduction to Estatistics, no qual Annie dá uma festa de Halloween para tornar-se mais popular e conta com a ajuda de Jeff, que acaba deixando-a para ir à festa dos professores. Nesse contexto, Abed se caracteriza de Batman e Pierce se droga para sentir-se jovem novamente, desencadeando assim uma série de acontecimentos hilários. No fim, Jeff tem de escolher entre a professora a quem estava a fim e seus amigos, que precisam da sua ajuda. Ele escolhe dar uma força para o grupo e tenta controlar Pierce, mas quem acaba salvando a noite é o Abed, ou melhor, Batman.
A partir daí começamos a nos apegar aos personagens e às situações engraçadas em que eles se envolvem. As loucuras de Chang e as comprometedoras fantasias do reitor começam a se tornar parte do “cotidiano” da série.
Uma coisa que eu gosto muito em Community é que não investe em casais que não dão certo. Então não se deve esperar relações duradouras entre os integrantes do grupo, porque não vai acontecer. Fiquei um pouco desanimado quando Jeff ficou com Britta no episódio do Paintball, pois era um casal que eu não apoiava. A surpresa vem na season finale, quando Slater e Britta se declaram abertamente para Jeff, que acaba fugindo e ficando com Annie! Ótimo final de temporada, acabou do jeito que eu queria.


Segunda Temporada: E aqui nos deparamos com Community no seu auge. Com quase nenhum episódio fraco e com momentos épicos, essa temporada tem tudo o que uma boa série de comédia deve ter.
A premiere é incrível, tinha esperanças de que Jeff mantesse um relacionamento com Annie, mas ainda não tinha percebido o fato da série não investir muito em casais entre si mesmos. Aqui, vemos Britta sendo venerada por ter se abrido com Jeff na frente de todos, enquanto ele é odiado por ter fugido no meio daquilo tudo. Winger então decide fingir que ama Britta para acabar com aquilo tudo e os dois começam um confuso relacionamento, com direito a casamento improvisado e tudo haha. E Annie, coitada, claramente demonstrava sentimentos por Jeff.
Essa temporada é tudo de bom; tem plots mais desenvolvidos, nos apegamos cada vez mais aos personagens e as inusitadas situações em que estes participam. As referências à cultura pop estão ainda melhores, exemplo disso é um episódio em que cada integrante do grupo se caracteriza como um personagem de Pulp Fiction para o aniversário de Abed, e os episódios temáticos são extremamente criativos, como o especial de natal, passado totalmente em stop motion. Episódios diversificados e divertidos são o que não falta na temporada, que considero a melhor de toda a série.
Quanto ao final, fiquei totalmente boquiaberto. Episódio duplo de Paintball e um confronto épico entre Greendale e o City College, sem falar de Abed beijando Annie. Para terminar, ainda fica aquela dúvida se Pierce vai ou não continuar no grupo.


Terceira Temporada: Os episódios do terceiro ano encerram a era de ouro de Community. Tem episódios épicos e memoráveis e inclusão de um novo elemento na série; a darkest timeline, uma realidade paralela em que Pierce está morto, Annie se interna em um hospício, Shirley fica alcoólica, Jeff perde um braço, Troy fica sem a fala, Abed se torna o Evil Abed e Britta... bom, Britta tem com uma mexa azul no cabelo.
Outro ponto hilário na temporada é quando Chang toma o poder de Greendale, substituindo o reitor e mantendo o verdadeiro em cativeiro, além de banir o grupo de estudos da universidade. O penúltimo episódio é totalmente focado no plano da turma para tirar Chang do poder, genial!
Quanto ao final, a série estava enfrentando um momento um tanto crítico, sob a corda bamba do cancelamento devido à baixa audiência. Mesmo mantendo a excelente qualidade até aí, o risco era grande. Harmon então fez uma incrível season finale,com direito a darkest timeline e um desfecho em clima de series finale; tocava a abertura da série à medida que mostrava um pequeno plot de cada personagem (incluindo um do Starburns, que estava supostamente morto!). Cool cool cool.


Quarta Temporada: A partir daí, a qualidade da série cai drasticamente. O autor da série foi demitido, e isso pode claramente ter influenciado a decadência de Community, mas não me interesso em nenhum motivo quando a isso. A temporada foi ruim e ponto.
O número de episódios baixou de 22 para 13, e estavam extremamente chatos e cansativos, com plots mal desenvolvidos e descaracterização dos personagens. Além disso, Chang volta fingindo sofrer uma estúpida doença chamada de Changnésia, convencendo a todos de que ele não se lembrava de seu passado cruel.
A temporada inteira é salva pelos dois últimos episódios, os únicos que podem ser considerados realmente bons e ainda assim são medianos. No 4x12, a turma percebe que o destino deles estava interligado desde antes de se conheceram oficialmente. O episódio ainda conta com a origem de algumas coisas marcantes na série, como o bordão “Pop pop!” e a primeira fantasia do reitor.
A season finale é ainda melhor. Jeff percebe que já tem créditos suficientes para se formar e seguir com a vida de advogado, mas dessa vez de uma forma mais justa e limpa. A turma prepara uma festa de formatura especial, mas suas versões da darkest timeline invadem a realidade principal com objetivos crueis. No meio disso, há um confronto mortal com direito a armas de Paintball que o teletransportam para outra dimensão e tudo mais. No fim, Jeff descobre que aquilo tudo era uma batalha interna na sua cabeça, e ele deveria escolher entre derrotar o Evil Jeff e ser uma pessoa melhor ou unir-se a ele em seus ideais malignos, tornando-se novamente uma pessoa injusta. Ótimo final, mas no geral a temporada é realmente fraquíssima.



Quinta temporada: Com a volta do criador Dan Harmon, a qualidade da série volta novamente, mas não se mantem no nível das três primeiras temporadas. Dessa vez, a turma não se junta como um grupo de estudos, e sim para o comitê “Salve Greendale”.
Sem sucesso na carreira de advogado, Jeff volta à universidade e reúne o grupo para ajudar Greendale a se manter, acabando ocupando o cargo de professor de direito. Muitas coisas mudam nessa temporada; com a saída do ator Chevy Chase, os criadores deram um jeito de matar Pierce em um dos melhores episódios da temporada, também providenciando a saída de Donald Glover. O personagem Troy se despede da série ao receber a herança de Pierce, que consiste em todos os seus empreendimentos na indústria da família. Mas antes de tomar posse disso, Troy deve viajar pelo mundo como último desejo de Pierce (longa história). O episódio de despedida à Troy é simplesmente fantástico e está na quarta posição do Top 15 de episódios.
Com a saída desses personagens, a série resolveu emendar outros na história; Hickey, o mal-humorado professor de Criminologia, e Duncan, um “psiquiatra” com sotaque britânico. Até são bons personagens, mas Pierce e Troy vão fazer falta, espero que Glover volte para a sexta e última temporada.

A temporada tem seu fim com Greendale sendo vendida para o Subway e a turma tem apenas algumas horas para impedir que isso aconteça oficialmente. O grupo descobre que o fundador da universidade guarda um tipo de “tesouro” em uma sala secreta, o que pode ser a última esperança de Greendale. Nesse contexto, Jeff e Britta resolvem inesperadamente se casar (dei graças a Deus por acabarem desistindo da ideia). O desfecho é um tanto bobo, realmente não me agradou e eu ficaria furioso se a série não fosse renovada. Para a alegria de todos, a série teve sua sexta e última temporada confirmada pelo Yahoo Screen, depois que a NBC optou pelo cancelamento.



          O que é Six Seasons and A Movie?

          O movimento surgiu em 2x21; Paradigms of the Human Memory, quando em um dos vários flashbacks do episódio, Abed faz uma pegadinha com Jeff, que diz que a série duraria apenas três semanas. Abed sai correndo e grita “Six Seasons And A Movie”. Assim surge o movimento que eu considero um dos principais responsáveis pela renovação da série. A insistência dos fãs na divulgação acabou dando certo, afinal. E agora, que venha o filme!!!

0 comentários:

Postar um comentário

 

BLOG HORRORSHOW - CRIADO E DESENVOLVIDO POR ARTHUR LINS - TODOS OS DIREITOS RESERVADOS © 2015