Cartas da Zona de Guerra, Michael Moore



 “Algum dia voltarão a confiar na América?”

Michael Moore é um cineasta norte-americano, famoso pelos filmes “Tiros em Columbine”, “Fahrenheit 11 de setembro” e “SiCKO”. Apesar de já ter assistido “Sicko”, não sabia quem havia produzido o filme e, por não ser fã de filmes, não sabia sequer que Michael Moore era um cineasta, apesar de ter achado o nome bem familiar quando peguei o livro.

Sicko é um filme sobre o sistema de saúde norte-americano e Tiros em Columbine é sobre o massacre de Columbine (que aconteceu no dia do meu nascimento). Ele também produziu filmes sobre o Canadá, sobre eleições, sobre o capitalismo e a crise financeira mundial. Fahrenheit 11 de setembro é um tanto auto-explicativo e foi o filme que gerou este livro.

O livro consiste basicamente em cartas de soldados, em guerra ou veteranos, e suas famílias, como o próprio título já diz. São cartas bem pesadas, bem sentimentais, e algumas delas ilustram bem os tempos de guerra. Uma das cartas me chocou um pouco por ser de uma família preocupada com seu irmão bem novo, que se alistou por necessidade. Dois meses depois, enviaram outra, contando que o irmão morreu.

"Caro Michael,
Escrevi para você faz dois meses. Eu lhe contei a história do meu irmão mais velho, filho de criação que se alistou nas forças armadas para sustentar o seu próprio filho. Ele foi chamado para servir no Iraque no início deste ano. Soubemos ontem que ele foi morto em uma explosão em Bagdá."

São muitas cartas, que não contam apenas histórias sentimentais pelo lado do amor. Contam também sobre a revolta dos soldados, sargentos, generais, que a princípio não entendiam o que estava acontecendo. Pessoas que ficaram perdidas no meio dos acontecimentos e apenas seguiam ordens, até perceberem onde estava a incoerência da história. Pessoas que foram presas por desertar da guerra, e não se arrependiam. Conta muitos tipos de histórias e todas elas se ligam a uma única pessoa. Ou duas, se contarmos a linhagem.

É um livro muito bom para quem gosta do gênero. Cartas, guerra, realidade e um bocado de emoção.

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